Título

SISTEMA DE CLASSIFICAÇAO DE PACIENTES PEDIATRICOS ONCOHEMATOLOGICOS: RELATO DE EXPERIENCIA COM A APLICAÇAO DO SISTEMA PRPOSTO POR DINI

Resumo

Introdução: A classificação de pacientes oncopediátricos é um grande desafio na prática assistencial, visto a falta de referenciais teóricos para este público e a complexidade destes pacientes. Porém, é uma importante ferramenta para alocar os recursos humanos necessários, bem como, subsídios para as decisões na gestão do cuidado. Objetivo: Analisar a aplicabilidade do sistema de classificação de DINI em uma unidade de internação oncopediátrica, desde julho de 2021. Relato de Experiência: no instrumento de classificação proposto por DINI (2007), são apresentados onze indicadores de demanda de enfermagem com atribuições numéricas de 1 a 4. Na instituição, todos os pacientes devem ser avaliados no momento da admissão. Uma nova classificação é realizada a cada 24 horas de internação ou se piora do quadro clínico. De acordo com os itens, no indicador de atividade, é possível classificar o paciente de acordo com o seu quadro responsivo. No intervalo de aferição dos controles, todos os pacientes oncohematológicos devem receber aferição de sinais vitais a cada 4 horas, configurando 2 pontos na classificação. Caso este paciente apresente alterações no PEWS, esse intervalo é reduzido a depender do quadro clínico, com consequente aumento de pontuação. Em relação a oxigenação, é possível classificar a depender do suporte de oxigenoterapia. Na terapêutica medicamentosa, esses pacientes já recebem a pontuação máxima por estar em uso de quimioterapia antineoplásica. Porém, não é possível demonstrar uma maior complexidade no uso de outras modalidades de tratamento ou em uma emergência oncológica. Durante a avaliação da integridade cutâneo mucosa, a pontuação é de acordo com as condições clínicas da criança. No item de alimentação e hidratação, a pontuação máxima se refere aos pacientes em uso de nutrição parenteral, dificuldade de deglutição ou risco de aspiração, sendo possível correlacionar com os casos de mucosite oral e/ou odinofagia. No item de eliminações, sua pontuação é limitada ao uso ou não do vaso sanitário e de sondas/ estomas, impossibilitando uma maior pontuação devido a demanda na mensuração para o balanço hídrico. No item higiene corporal, o paciente será pontuado conforme banho de aspersão, imersão ou cadeira, e também, levando em consideração seu grau de dependência para essas atividades. Na mobilidade e deambulação, se faz necessário, um olhar crítico e a expertise do enfermeiro para correlação com os graus de fadiga. Na participação do acompanhante, as pontuações são de acordo com o envolvimento durante o cuidado, possibilitando graduar de acordo com o nível de adesão ao tratamento e as orientações da equipe. E por fim, a avaliação de rede de apoio e suporte, com um olhar para a presença de acompanhantes. Conclusões: podemos identificar que a classificação proposta por DINI é aplicável e têm sido uma importante ferramenta para graduação de complexidade em pacientes oncopediátricos. Porém, devido as múltiplas demandas assistenciais, mais estudos são necessários para avaliar o impacto da sua aplicação em pacientes submetidos a outras modalidades de tratamento oncohematológico, de acordo com a toxicidade e complicações da doença de base.

Palavras Chave

Dimensionamento da Equipe. Unidade Hospitalar de Oncologia. Gestão da Assistência de Enfermagem.

Área

Enfermagem

Instituições

Hospital São Luiz - São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

JULIANA DE LIMA TEODORO, SILMARA DE BORTOLI, VIVIANE SONAGLIO, THIAGO PORTELA CAROCCINI, ELIANA SOARES, ELENILDA GUEDES DE MELO, KARLA SILVA SÓRIA, MAYARA CANDELÓRIO DA SILVA, MICHELE PAIVA DOS SANTOS