Título

UTILIZANDO O CICLO PDSA NO CONTROLE DA DOR DO PACIENTE PEDIATRICO: RELATO DE EXPERIENCIA COM PACIENTES ONCOHEMATOLOGICOS

Resumo

Introdução: A dor oncológica é multifatorial, podendo estar relacionada a lesão tumoral, secundária as complicações do tratamento, ou ainda, aos procedimentos com finalidade diagnóstica/terapêutica. A não valorização das queixas de dor, falta de expertise profissional e disponibilidade de múltiplas escalas, são fatores que podem levar a um subtratamento e uma experiência negativa para o paciente. Objetivo: Utilizar o modelo PDSA para otimizar o manejo da dor do paciente pediátrico em um hospital de grande porte em São Paulo. Relato de Experiência: Com a mudança de perfil epidemiológico da instituição e crescimento do número de pacientes oncológicos, bem como, a necessidade de melhorar o manejo da dor pediátrica, foi proposto um ciclo PDSA. Na etapa 1, PLAN, foi aplicado um questionário para a equipe de enfermagem, com a pergunta: “Quais as principais dificuldades no atendimento do paciente com dor?” Os três principais resultados foram: demora para a prescrição médica (47%), dificuldades para identificar o quadro de dor (13%) e falta de medicação no dispensário/ demora na entrega (10%). Planejamos a consolidação dos instrumentos de avaliação da dor e do plano terapêutico multiprofissional, bem como, o reforço da importância do registro adequado da equipe. Na etapa 2, DO, em agosto de 2021 foi iniciado as auditorias quinzenais nos prontuários eletrônicos. A unidade de escolha foi a 3ª pediatria, local onde as crianças com diagnóstico oncológico e oncohematológico estão alocadas. Também nessa etapa, fortalecemos as discussões dos casos na visita multidisciplinar e do acionamento da equipe de dor nos casos crônicos e de difícil manejo, revisão do protocolo de dor e treinamento das equipes com temas de impacto para a sua adesão. Na etapa 3, STUDY, foi evidenciando através dos resultados das auditorias, as oportunidades de melhoria. Do dia 31/08/2021 a 15/03/2022, tivemos quatorze auditorias, com uma média de 44% de conformidade na escolha da escala, 73% na reavaliação da dor em até uma hora e 96% na analgesia. Quanto a pontuação nas respostas do HFOCUS no item “a dor sempre foi controlada”, tivemos uma média de 62% na qualidade percebida. Ainda na etapa 3, identificamos a necessidade de novos treinamentos com foco na indicação das escalas e das ferramentas de comunicação e educação em saúde. E por fim, na fase 4, ACT, adotamos o fortalecimento das práticas assistenciais de analgesia; escolha adequada de escalas para a classificação de dor; manter as auditorias de prontuário eletrônico; intensificar a adesão ao planejamento terapêutico da equipe assistencial; adequar a lâmina de orientação disponível para os funcionários e fortalecimento da comunicação na orientação dos responsáveis pela criança. Os nossos próximos passos serão o aperfeiçoamento das estratégias de comunicação durante a orientação dos acompanhantes/ pacientes; manejo da dor oncológica e o manutenção das bombas de analgesia. Conclusões: Identificamos que com o ciclo de PDSA tivemos uma importante melhora no manejo da dor do paciente pediátrico, porém, rodaremos esse ciclo de melhoria por mais 6 meses, visando uma melhor efetividade nos processos para o controle e manejo da dor.

Palavras Chave

DOR. DOR ONCOLÓGICA. ATENÇÃO À SAÚDE.

Área

Multidisciplinar: Outros

Instituições

Hospital São Luiz - São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

JULIANA DE LIMA TEODORO, SILMARA DE BORTOLI, VIVIANE SONAGLIO, THIAGO PORTELA CAROCCINI, ELIANA SOARES, ELENILDA GUEDES DE MELO, KARLA SILVA SÓRIA, MAYARA CANDELÓRIO DA SILVA