Título
CRIAÇAO DO PROTOCOLO INSTITUCIONAL DE EXTRAVASAMENTO DE DROGAS ANTINEOPLASICAS
Resumo
Introdução: Atualmente o câncer é um problema de saúde pública mundial, presente entre as principais causas de morte prematura. No Brasil, estima-se que a cada ano do triênio 2020-2022, ocorrerão 625 mil novos casos de câncer. A quimioterapia é uma das modalidades de tratamento mais utilizadas, consiste na utilização de agentes químicos, isolados ou em combinação, que podem acarretar eventos adversos, inclusive no extravasamento de drogas classificadas como irritantes e vesicantes. O “vazamento” de líquido infundido por via intravenosa para o tecido extravascular é uma complicação da terapia infusional e descrito como escape acidental de drogas dos vasos sanguíneos para os tecidos adjacentes e é classificado por infiltração (substancia neutra) ou extravasamento (substancia vesicante ou irritante). Todos os pacientes em tratamento com antineoplásicos endovenosos têm riscos, os quais podem ser minimizados através da adequada avaliação de risco pela equipe multidisciplinar, mas a prevenção ainda é o melhor tratamento, como por exemplo: se possível, implantar cateter central indicado pelo oncologista e enfermeiro especialista; escolha apropriada do acesso; nunca utilizar acesso periférico com mais de 24 h de punção, verificar o retorno venoso e realizar flush com soro fisiológico 0,9%; não utilizar bomba de infusão em acesso periférico; monitorar inserção do acesso quanto à sinais e sintomas ; orientar o paciente e acompanhantes na identificação de sinais e sintomas suspeitos e comunicar à equipe assistencial; padronização de condutas através de políticas e procedimentos operacionais, baseados em evidência científica e treinamento da equipe. Caso ocorra um extravasamento, o grau do dano depende das propriedades, concentração e o período de tempo em que o agente leva para iniciar o dano, por isso, é essencial o início imediato do atendimento, independente do tipo de droga extravasada, para reduzir dano ao paciente. Objetivo: Produzir um material de consulta rápida para condutas de extravasamento de antineoplásicos e deixar disponível os antídotos, para fornecer segurança, qualidade e excelência na assistência prestada ao paciente oncológico. Método: Trata-se de um estudo de revisão, o qual analisou e compilou dados científicos a respeito das propriedades dos antineoplásicos (neutro, irritante e vesicante) e qual a terapia de suporte adequada para minimizar danos ao paciente após extravasamento. Resultados: Diante deste contexto foi elaborado um protocolo de prevenção, manejo e conduta em casos de infiltração e extravasamento de drogas antineoplásicas, além de disponibilizar um “kit extravasamento” contendo os antídotos e materiais necessários para o rápido atendimento ao paciente. Ambos, material para consulta e kit, foram disponibilizados nas unidades oncológicas da instituição. Conclusão: o conhecimento a respeito das condutas baseadas em evidencias e a disponibilidade para o acesso rápido as informações, contribui para que o profissional e o paciente se sintam seguros perante a uma situação emergencial, proporcionando uma experiência positiva ao paciente.
Palavras Chave
Antineoplásico. Administração de drogas. Segurança do paciente.
Área
Multidisciplinar: Outros
Instituições
Sociedade Beneficente Israelita Hospital Albert Einstein - São Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
DANIELA OLIVEIRA CARVALHO, TAYNNA TATIANE PEREIRA, TANIA WAISBACK, VALERIA ARMENTANO SANTOS, ELISA ROSSSI CONTE, PALOMA BEZERRA SILVA, DANIELLA CRISTINA OLIVEIRA, LARISSA ZUPARDI LACERDA SABINO, MICHELE BARRETO, ANA FERNANDA YAMAZAKI CENTRONE